- Sentença não será proferida antes de agosto
Ontem, os seis réus foram interrogados. Novas informações foram solicitadas pela defesa de um dos agentes penitenciários, apontado como o agressor.
Tubarão/SC
12 de Junho de 2012
Terminou a coleta de provas orais. Ontem à tarde, os seis réus envolvidos no processo criminal de denúncia de tortura a detentos no Presídio Regional de Tubarão, em 2010, foram ouvidos pelo juiz Elleston Canali, da 1ª Vara Criminal de Tubarão.
Em quase cinco horas, três agentes penitenciários, dois policiais militares e o diretor da instituição prisional na época dos fatos apresentaram a sua versão. A defesa de um dos agentes penitenciários, acusado de ser o agressor, solicitou novas informações sobre os antecedentes criminais dos presidiários apontados como vítimas.
Relatórios de suas vidas carcerárias e os boletins de ocorrências registrados nas delegacias de Criciúma e na Central de Plantão Policial de Tubarão também foram requeridos pela defesa. Após a análise destes documentos por Elleston, o Ministério Público e os defensores apresentarão as suas alegações finais e a sentença será proferida.
Conforme o juiz, tudo também vai depender da agilidade destas respostas. “Não há prazo definido, mas estima-se que antes de agosto não há condições de sair resultado”, previu Elleston.
A agressão contra os detentos ocorreu no dia 28 de maio de 2010 e as imagens feitas por um outro agente mostram um ex-chefe de segurança da unidade no momento que espancava dois presos. O caso repercutiu em âmbito nacional.
As imagens foram exibidas pela rede Globo. O espancamento ocorreu na sala do plantão do Departamento de Administração Prisional (Deap). Além dos dois agentes (o que agrediu e o que gravou as cenas), mais quatro pessoas são investigadas.
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