sábado, 23 de julho de 2011

VIOLÊNCIA BÁRBARA EM SANTA CATARINA: A CADA 8 HORAS OCORRE UM HOMICÍDIO!


Uma pessoa é assassinada a cada oito horas em Santa Catarina. E os quatro homicídios registrados na sexta-feira, em Jaraguá do Sul, Blumenau, São José e Florianópolis mantiveram a média de três por dia que o Estado registra neste ano. Já são 103 desde janeiro.

O levantamento, feito pelos jornais do Grupo RBS em Santa Catarina, traz preocupação. A média deste o início do ano é maior que a registrada nos últimos anos — em 2010, foi de 2,4 mortes por dia. Em 2008, eram 2,1.

Entre as possíveis explicações está o período de férias, em que as ocorrências tendem a aumentar. No verão, mais gente está nas ruas, nos bares, e isso acaba refletindo no aumento do número de assassinatos.

Um dos dados mais interessantes é a motivação dos crimes. A polícia costuma associar a maioria dos homicídios ao tráfico de drogas. Mas, segundo o levantamento, as brigas e discussões são o principal motivo para os assassinatos.

— É a banalização da morte. O sujeito não gosta do que o outro diz no bar, tira uma faca e mata — resume Marlon Dias, especialista em Direito Criminal.

Poucas pistas na maioria dos casos
A questão motivação e falta de pistas também preocupa: em cerca de um terço dos casos, a polícia não sabe dizer nem qual a razão para aquele crime. Pior. Em 63%, os supostos agressores estão livres. Em alguns, não foram sequer identificados.

Foi o que aconteceu, por exemplo, em um crime de repercussão em Laguna, no Sul de Santa Catarina. O policial Civil José Maria Mendonça, 47 anos, foi assassinado em casa. O corpo dele chegou a ser exumado para uma perícia. Até hoje, nenhum suspeito foi preso. No Meio-Oeste, outro policial morreu após uma discussão em um bar. Valdecir Alberto Ferreira, 45 anos, foi encontrado com o corpo cravejado de balas.

Resultado da impunidade: a população se sente ainda mais insegura
Onde há mais gente, há mais mortes. A relação é regra também em Santa Catarina. Oito das 10 cidades mais populosas estão no Litoral. E é justamente perto do mar que os homicídios mais acontecem. Joinville e Florianópolis, que têm o maior número de habitantes, estão também empatadas no topo do ranking.

Na Capital, um dos crimes de maior repercussão é a morte do argentino Raúl Baldo. Ele foi assassinado em Canasvieiras há um mês. Um suspeito de envolvimento foi preso. Mas o homem que teria feito os dois disparos está à solta.

O Norte do Estado tem duas cidades com números semelhantes, mas situações distintas. Jaraguá do Sul, que foi apontada no final do ano passado pelo Instituto Oswaldo Cruz como o menor índice de homicídios do Brasil (para cidades com 100 mil habitantes), já registrou duas mortes em 35 dias. Perto dali, São João do Itaperiú, de apenas 3 mil habitantes, teve o mesmo número. Foram dois casos em datas diferentes, e justamente com a motivação que costuma preocupar mais a polícia: latrocínio — roubo seguido de morte.

Mas o maior número de mortes continua acontecendo no Vale do Itajaí. Foram 29, distribuídos entre 10 cidades. Itajaí, com sete, é também a terceira do ranking estadual. Ali, dois foram mortos pela polícia, dois tinham envolvimento com tráfico e houve um latrocínio. Dois não foram esclarecidos.

Homens, jovens e com armas de fogo
O levantamento mostra ainda que a imensa maioria das vítimas é de homens: cem. Mulheres, foram apenas três. E eles são, também, muito jovens. Metade tem até 35 anos. As armas de fogo são as mais utilizadas: quase três vezes mais que armas brancas como facas e facões.

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