quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Leite Nan vai para o lixo

Oito caixas, com 96 latas do alimento infantil, saíram da validade sem serem distribuídas.
11 de Janeiro de 2012 às 01:41min
 Em termos financeiros, o leite Nan, um alimento essencial para recém-nascidos que não podem ser amamentados por suas mães, custa relativamente barato para o estado: R$ 9,00 por lata. Mas não é pelas cifras a indignação de quem precisou e não conseguiu o alimento em dezembro passado. O fato é que as latas disponibilizadas pelo estado por meio da 20ª gerência regional de saúde em Tubarão saíram da validade sem chegar ao destino.

A gerência apura como isso ocorreu. As notas serão conferidas para descobrir se houve erro interno ou se o alimento já chegou com validade vencida à gerência. Contudo, conforme o Notisul apurou ontem, junto à Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), é improvável que o material tenha sido entregue já fora do prazo.
As oito caixas, com 12 latas cada, precisavam ser consumidas até 1º de outubro do ano passado. Segundo a Dive, a entrega do Nan é feita sempre, e no máximo, dois meses antes do vencimento. Neste caso, foram enviadas à 20ª gerência em julho ou agosto.

A diretoria informou ainda que as gerências não possuem estoque de Nan, ou pelo menos não deveriam ter. O envio é feito conforme a necessidade mensal.
“Não vai ficar barato. Já apuramos como isso ocorreu. Um procedimento administrativo foi aberto e teremos um parecer ainda este mês”, antecipa o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Haroldo Silva, o Dura (PSDB). “Esta é uma situação inaceitável”, completa.
Ele reforça que, dias após o problema ter sido detectado pelo gerente de saúde, Dalto Marcon, em dezembro, uma nova remessa foi pedida e a situação está normalizada neste momento.

Vacinas também podem parar no lixo

Um parecer do Ministério da Saúde terminará com a incineração, literalmente, de 1.070 doses de vacina Pneumo 10 ou de R$ 33,6 mil, valor de custo deste material. A falta de compromisso da plantonista responsável por verificar a temperatura das geladeiras de armazenamento durante o Natal, fez com que todo o estoque da 20ª gerência regional de saúde de Tubarão se perdesse, ou quase.

Uma amostra foi enviada ao ministério para analisar em que grau a vacina congela. A temperatura da sala, no sábado e domingo de Natal, chegou a 0,3ºC, enquanto deveria estar entre 2ºC e 8ºC. A verificação, em fins de semana e feriados, obedece a uma escala de plantão. Mas a pessoa destacada para a tarefa não apareceu para verificar os termômetros.
As doses venceriam somente em 2013 e foram enviadas no ano passado pelo ministério, quando começaram a ser disponibilizadas na rede pública de saúde. A vacina é destinada para crianças e protege, entre outras doenças, contra meningite e pneumonia, por exemplo.

O gerente regional, Dalton Marcon, admite que houve falha da servidora, e não dos equipamentos que regulam a temperatura. “Um procedimento foi aberto para punir e corrigir esta falha lamentável. A população pode ficar tranquila que as doses já foram repostas e estão disponíveis em toda a rede pública de saúde da região”, informa o gerente.
O secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Haroldo Silva, o Dura (PSDB), é mais incisivo e considera o ocorrido um absurdo. “Se fosse um problema mecânico, tudo bem. Mas neste caso trata-se de uma irresponsabilidade imperdoável, pura negligência. E isto não vai ficar barato para quem errou”, avisa o secretário.

Gerente Dalton Marcon mostra as vacinas recebidas para substituir as doses que quase congelaram.

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