quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Polícia suspeita que assassino conhecia pai e duas crianças mortos em Palhoça, na Grande Florianópolis

Vítima sofreu ameaça após instalar câmera de segurança na rua onde mora. Traficantes ficaram incomodados

 
O laudo médico sobre a morte do mestre de obras Gelson Aparecido de Souza, 32, e dos filhos Gean e Victor, de nove e cinco anos, segunda-feira, será divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) e encaminhado à Polícia Civil de Palhoça.

O delegado Attílio Guaspari diz que o motivo dos homicídios ainda é desconhecido e não há suspeitos. A investigação trabalha com a hipótese de o crime ter sido cometido por uma pessoa que conhecia as vítimas e que, por esse motivo, matou também as crianças, para garantir que não seria reconhecida.


Gelson foi morto enquanto trabalhava - Foto Reprodução

Para a ex-esposa de Gelson, Antônia Sampaio dos Santos, mãe de Gean, só existe uma explicação para a brutalidade do crime.

— Nada me tira do coração que isso foi acerto de contas por dívida ou outra coisa. Assalto, não foi. Quem iria entrar num galpão vazio para roubar um pedreiro e duas crianças? — questiona Antônia.

Assassino pode não ter agido sozinho
Os três foram encontrados mortos no galpão em que Gelson trabalhava, no Bairro Bela Vista. No local, havia dois pés-de-cabra, utilizados para golpear as vítimas na cabeça. A polícia acredita que o assassino não agiu sozinho.

Vítima sofreu ameaça
Um amigo da família, que pediu para não ser identificado, contou à reportagem que Gelson recebeu ameaças, há alguns meses, depois de instalar uma câmera de segurança em sua casa, no Bairro Serraria, em São José.

A região onde ele morava seria de comércio de drogas e alguns traficantes ficaram incomodados. Eles teriam exigido que Gelson retirasse a câmera.

— Ele disse que não ia tirar. Aí eles quebraram a câmera e disseram que iam matá-lo. Esse pode ser um motivo — considera.

Queria trabalhar com o pai
A casa de Antônia está silenciosa sem o filho pelos corredores. Gean ajudava a cuidar da irmãzinha Natália e ajudava nas tarefas, como arrumar a mesa ou varrer a casa.

— Ele era obediente e muito cuidadoso. Tinha o sonho de trabalhar com o pai quando crescesse e queria parar de estudar na 8ª série. Mas eu dizia para ele continuar e virar engenheiro — recorda a mãe.

Irmãos só por parte de pai, Gean e Victor eram muito próximos e passavam juntos os finais de semana na casa de Gelson, com quem eram extremamente ligados.

— Eles imitavam o pai em tudo. A diversão deles era brincar de pedreiro. Eles tinham feito várias casas de tijolos de garagem para os carrinhos — conta Antônia, inconformada.

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